12 histórias de atletas brasileiros
O esporte vai muito além da paixão. Envolve superação, garra, força de vontade e desafios para conquistar os objetivos e, até mesmo, saber lidar com derrotas inevitáveis. O verdadeiro espírito vencedor de um atleta alia todas essas sensações e sentimentos. Embora o Brasil tenha no futebol uma paixão nacional, em outros esportes, por diversas vezes, se criaram ídolos inesquecíveis que conquistaram o coração dos fãs de todo o mundo.
O Tediado selecionou uma lista com 12 atletas brasileiros que mostraram que para conquistar seus objetivos é preciso muita dedicação e persistência. Venha conhecer suas trajetórias de ouro!
1. Aline Rocha (esqui cross country)
Aos 15 anos, Aline se envolveu em um acidente automobilístico, causando paraplegia nos membros inferiores. Quatro anos após a sua reabilitação, a atleta iniciou a prática de esportes para pessoas com deficiência, como a corrida, começando sua carreira esportiva em 2010. Focada e determinada, percebeu uma possibilidade de participar dos Jogos de Inverno de 2018, através do Esqui Cross Country, e, a partir de então, tornou-se a primeira brasileira na Paralimpíada de Inverno.
2. Thiago Braz (salto com vara)
Criado pelos avós paternos após ser abandonado pelos pais, Thiago se viu apaixonado pelas alturas e com um sonho de voar, começou a treinar o salto com vara ainda na adolescência. Seu primeiro torneio olímpico foi em 2010, aos 16 anos. Porém, foi nas Olimpíadas de 2016 que o atleta se consagrou herói brasileiro ao conquistar a primeira colocação na categoria, estabelecendo um recorde olímpico histórico ao voar a 6,03 m, garantido a tão sonhada medalha de ouro.
3. Edson Silva (canoagem de velocidade)
Como atleta de canoagem de velocidade passou por diversos obstáculos e dificuldades em sua vida, contudo a maior delas foi lidar com a perda do irmão enquanto estava em treinamento na seleção. Edson cogitou abandonar o esporte, mas seu amigo, Hans Mallmann, o ajudou dando suporte e apoio ao parceiro de caiaque. Edinho, como também é chamado, participou dos Jogos Pan-Americanos e das Olimpíadas de 2016.
4. Marta
Eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, Marta atua na seleção brasileira feminina desde 2002, fazendo história no esporte. Mas, por incrível que pareça, no início de sua trajetória esportista, ainda jogando em um time formado por meninos, em Dois Riachos, a atleta foi proibida de jogar justamente por ser “muito boa”. Com isso, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se profissionalizou, seguindo sua carreira na seleção brasileira.
5. Vanderlei Cordeiro de Lima (maratonista)
Um dos episódios mais marcantes da história olímpica, foi através do brasileiro Vanderlei, que ao liderar a maratona de corrida nas Olimpíadas de Atenas 2004, foi atacado por um ex-padre irlandês, que o empurrou para fora da pista. Com a ajuda do espectador grego, Polyvios Kossiva, o atleta não desistiu, voltou para a pista, terminando a corrida e, ainda, conquistando a medalha de bronze. Por seu espírito esportivo e humildade após a prova, Vanderlei foi contemplado com honras com a Medalha Pierre de Coubertin, além de ser escolhido como Atleta Brasileiro do Ano de 2004.
6. Daiane dos Santos (ginástica artística)
A primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha de ouro no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, em 2003. Daiane dos Santos, em uma entrevista disse que “às vezes, sua felicidade depende de um passo ousado”. Sua rotina exigia muita dedicação e abnegação, treinando de 8 a 9 horas por dia, todos os dias, e mesmo assim a atleta conta que passou por momentos de cansaço, dor, estresse e preconceito, mas o amor pelo esporte a tornou a ginasta que foi. Atualmente, tem o projeto social Brasileiros, para educar crianças através do esporte.
7. Raíssa Rocha Machado (lançamento de dardos)
“Ter deficiência física, não significa que sou incapaz de chegar onde quero”, disse Raíssa Rocha Machado, recordista do Brasil no lançamento de dardo e medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de 2019 em Lima. A atleta que tem má formação congênita nas pernas, revelou que não sonhava com o esporte e que em sua infância queria ser advogada ou delegada. Em 2016, com as Paralimpíadas do Rio teve um início de depressão, mas através do amor ao esporte, prosseguiu em sua carreira, buscando ser a melhor do mundo no atletismo.
8. Vitória Rosa (velocista olímpica)
Considerada a mulher mais rápida do Brasil, Vitória Rosa afirma que ser atleta no país não é fácil, principalmente quando se é mulher, tendo pouco incentivo, patrocínio e reconhecimento. Por isso, é preciso muita luta, superação e força. A velocista saiu de casa aos 14 anos para realizar seu sonho de correr, além disso, conta que cada tropeço é uma experiência, e que de tanto cair, aprendeu a se levantar.
9. Isaquias Queiroz (canoagem)
Vencedor de três medalhas de ouro em uma mesma edição das Olimpíadas, o recordista em canoagem Isaquias Queiroz precisou vencer alguns obstáculos em sua vida, como queimadura com água fervente; a perda de seu pai; um rapto; retirada de seus rins após cair de uma árvore e um acidente de carro. Com superação e duros treinos, o objetivo do canoísta é ser o maior atleta brasileiro olímpico da história.
10. Poliana Okimoto (maratonista aquática)
A vida de atleta é cheia de obstáculos, e com Poliana Okimoto não foi diferente; competindo desde os 7 anos, a nadadora levou um tapa na orelha durante uma competição e acabou machucando seu tímpano. Após passar por uma cirurgia, ficou um tempo sem nadar. Além disso, durante os Jogos Olímpicos de 2012, teve hipotermia e não conseguiu terminar a prova, além de ter ficado sem se alimentar na parte final da competição. Mas se superou na modalidade nas Olimpíadas em 2016.
11. Maria Esther Bueno (tenista)
Considerada a melhor tenista do século XX da América Latina, conquistando títulos em três décadas diferentes, Maria Esther Bueno foi a primeira brasileira a ganhar medalha de ouro. Colecionando 589 títulos, a tenista passou por 20 cirurgias, sendo que em 1969, após uma dessas cirurgias, os médicos disseram que ela não mexeria mais o braço. Provando o contrário, Maria retornou às quadras, ganhando o torneio do Japão em 1974.
12. Bia e Branca Feres (nado sincronizado)
Em um esporte estético e cheio de harmonia, as gêmeas Bia e Branca ficaram mundialmente famosas após as competições nos Jogos Pan-Americano de 2007 e nas Olimpíadas de 2016. Em seu canal no YouTube, as nadadoras falaram abertamente sobre a estafa que sentiam por conta dos treinos, e que acabou causando um distúrbio alimentar, onde as irmãs descontavam todo o estresse na comida. Hoje, as atletas estão saudáveis e recuperadas.
Qual dessas histórias de superação mais te inspirou? Deixe o seu comentário e compartilhe este artigo com seus amigos!