Entenda o cenário político brasileiro ao estilo Game of Thrones
Talvez você seja mais um desgostoso com a política brasileira, mas antes de compartilhar qualquer bobagem no Facebook, vale compreender um pouco melhor o cenário do nosso Planalto.
Inspirado na franquia Game of Thrones escrita por George R.R. Martin, que por acaso também é uma série da HBO, esse mapa separa as alianças políticas por Casas, tentando explicar os diferentes movimentos e rivalidades históricas pelo Trono de Ferro.
Havia um rei barbudo e bonachão. Ele governou o reino por muitos anos com certa estabilidade, mas o seu reinado acabou.
Seu herdeiro legítimo era conhecido pela inflexibilidade e não era muito popular e ainda menos carismático. Mas era determinado. Entretanto acabou por se unir às pessoas erradas e foi derrotado.
Seu outro herdeiro parece uma versão mais nova dele mesmo. Não tem muita personalidade, mas possui o desejo de governar. Os Lordes de Westeros o acham mais tratável do que seu irmão do meio.
O Rei tinha uma esposa. Essa esposa era ambiciosa e cruel. Ela deu um jeito de derrubar o rei e colocar seu próprio reino no lugar. E agora quase ninguém a suporta no Trono e ela se vê com poucos aliados (malz Cersei).
O pior inimigo da rainha já foi da sua casa, mas andou explanando seus crimes. Agora ela quer a cabeça dele. Andou dando uns tapinhas no filho da rainha também. É um lorde sagaz, estudioso, que sabe levar os outros na conversa e tem certa capacidade de liderança e política mas parece estar condenado a viver sempre à sombra dos outros. É carismático, mas frequentemente perde a cabeça e faz merda.
O maior aliado da rainha não é dos aliados mais confiáveis. Aliás, está escrito em sua testa “não sou confiável” mas a Rainha confia mesmo assim. Com seu sorrisinho fácil e atitude contida, pode não ser muito querido mas não se deve subestimar sua inteligência.
O filho da rainha é um babaquinha. Um moleque mimado que não entende nada de política e que ninguém gosta. Tenta parecer diferente e independente da mãe mas é a cara dela.
O lorde da casa da rainha sabe manter alianças com os outros lordes e é conhecido por “cagar ouro”. Para esses mesmos lordes ele pode ser visto como capaz, mas para os plebeus ele é só mais um babaca de sangue azul. Mesmo assim ele ainda ajudou o Rei e a Rainha a não destruir o reino de vez.
Quem é essa pessoa? Um estrangeiro desconhecido que só aparece de vez em quando sem ser chamado, meio que saído das sombras. Parece querer o bem do reino mas também muda de opinião (e de lealdade) com frequência. Sua suavidade e sua voz fina podem esconder alguém mais perigoso do que se imagina. Mas pelo menos, talvez devido às suas origens humildes, tenha certa consideração pelos plebeus.
Eis o filho da puta que começou com todo esse caos, mas poucos se lembram ou mesmo sabem disso. Ele tem aliados por todos os reinos e sabe comprá-los ou chantageá-los. É ardiloso e sabe agir pelas sombras e manobrar sempre a seu favor (e sempre fodendo os outros).
Quase ninguém conhece esse engomadinho. Parece banqueiro mas na verdade só trabalha para um banco poderosíssimo que sempre cobra suas dívidas. É estrangeiro, pouco entende da política dos Sete Reinos e menos ainda das necessidades dos plebeus.
Outra estrangeira (que não é bem estrangeira, embora seja vista pelos plebeus como tal). Pouco conhecida do povo comum, mas temida pelos senhores. Sua maior arma é o fogo. Domina a arte da invasão. Não pretende alimentar a roda do poder, mas quebrá-la (mesmo que isso signifique fazer parte dessa roda, o que é claramente paradoxal). Pelo menos no começo parece não ter muita chance. Mas certas ameaças vindas do Leste do mundo conhecido sempre deixaram os senhores de Westeros com o cu na mão.
O maior perigo de todos. No começo ninguém acreditava nele, parece uma espécie de mito tirado de algum livro infantil, mas é real. Sua ameaça aos Sete Reinos nunca foi tão forte e é cada vez maior. Ele governa um número muito grande de zumbis barulhentos com vocabulário limitado que o seguem aonde ele for. E se aproveita da instabilidade dos Sete Reinos para atacar e governar. Precisaremos de um Azor Ahai ou teremos um longo inverno de quatro anos.
E tem o cara da Igreja. Não é muito poderoso e ninguém sabe ao certo sua origem mas ele parece ser bem humilde e se preocupar legitimamente com o povo. Só é meio pirado na religião e cheio de dogmas ultrapassados que o atrapalham mais do que o ajudam.
Ninguém
Ele está em todos os lugares, possui todos os disfarces, domina todas as técnicas, esconde todos os segredos, dibra como ninguém (ou seja, como ele mesmo). O seu papel na política de Westeros ainda é incerto, mas com certeza ele age por baixo dos panos.
Fonte: Diego Braga