Teoria do MEDO (#4)
Nascemos para ser livres
Imagine um pássaro em uma gaiola quando a porta se abre. Parece que ele estava apenas esperando por esse momento. Ele só vê a porta e precipita-se por esse espaço. É o espaço da liberdade, da identidade plena, de ser verdadeiramente pássaro. O medo é uma gaiola que nos amarra, nos prende, faz nossa vida ficar pequena. Quando desatamos as marras, uma nova vida mais ampla, mais rica e livre abre-se para nós. Mas há pássaros que não querem sair da gaiola. Há o medo de que não ter a comida na hora certa, de ser pego por um gato…
Da mesma maneira, agimos nós quando nos acomodamos nos nossos medos e não ousamos ousar, experimentar. Temos medo de viver, de amar, de nos entregar a uma causa, a um amor, à família
Vivemos pela metade e deixamos de lado o mais magnífico presente que Deus nos deu, que é a liberdade. Deus nos liberte dos medos, seremos livre.
É sempre bom ter um pouco de medo
Temos sempre a tendência de analisar nossos sentimentos como positivos ou negativos. Mas a vida não é assim lógica e quadrada. Assim como toda moeda tem dois lados, da mesma forma, nossos sentimentos e ações podem ter dois ou mais aspectos.
Veja o caso do medo. Temos falado dele ressaltando seu aspecto negativo, porém, ele não é só dano.
Uma certa dose de medo é necessária, faz-nos bem. Nem sempre devemos ir a toda velocidade, e o medo funciona como freio, um sinal de alerta que nos protege, como a febre que nos lembra do perigo da doença.
O medo da doença exige-nos o equilíbrio. Imagine se uma criança não tivesse medo do fogo? É bom reconhecer e aceitar os nossos medos, isso nos torna serenos.
O medo, ao mesmo tempo que é um freio, é também um impulso.
Assim como o medo de perder o amor deixa a pessoa apreensiva e ciumenta, ao mesmo tempo, esse medo é uma força que a leve a ser mais atenciosa, paciente, enfim, ser uma pessoa mais madura para merecer esse amor.
As formas do medo
O medo pode ter duas faces: algumas pessoas o têm em excesso e são bloqueadas por ele; há algo dentro delas do qual têm vergonha, não aceitam, não querem que seja exposto e precisam defender.
Esse medo nos torna menores, porque ele é exclusão, é um sinal de subtração em nossa vida.
Outras pessoas simplesmente o desconhecem, tornando-se superficiais e irresponsáveis. Em ambos os casos, a pessoas certamente não se conhece bem, não se ama e não acredita no amor de Deus.